terça-feira, 14 de agosto de 2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma Ideia

Cinco horas da manhã, você está na sala da sua casa com todos seus amigos. Vocês saíram para beber essa noite mas o grau já passou faz tempo. Vocês comeram, jogaram jogos de tabuleiro, dois ou três deles já estão caídos em um canto dormindo de boca aberta e babando nas suas almofadas. Os demais, insômnios resilientes, formam uma roda descontraída e deformada posicionando-se dos mais diversos e absurdos jeitos de se sentar em um chão. Faz frio, ninguem liga. Vocês conversam. Um assunto puxa o outro que puxa outro que morre sem fim dando origem a um assunto totalmente não relacionado com nenhum dos assuntos anteriores mas que se você analisar bem tem uma breve relação com aquele amigo dormindo e roncando bem baixinho (que daqui a pouco vai estar fazendo um barulhão para o deleite de todos ali presentes).
Então alguém diz alguma coisa. Essa coisa não faz o menor sentido. Num mundo louco onde se dá sentido para tudo aquela coisa em especial não se encaixa em nenhum contexto dessa época ou de qualquer época que já veio ou que está por vir e tudo que você e seus amigos conseguem pensar é... que faz todo sentido do universo!
A conversa se exalta. Seu amigo continua. Ele prossegue naquele assunto absurdo. Você e os seus outros amigos sorriem de volta para ele e fazem pequenos e absurdos comentários dando a ele toda a motivação que ele precisa para expurgar toda aquela maluquice que estava doida para sair da cabeça dele há tempos toda aquela viagem espacial que brotou em sua mente nos mais obscuros recônditos de seu subconsciente e que veio migrando em direção à luz do mundo exterior se arrastando por sinapses mal feitas sofrendo todo tipo de barragem consciente social e moralista lutando com afinco para existir no mundo de fora daquela mente que se fecha cada vez mais.
Ela respira. Aquela ideia respira o ar de nosso mundo. Ela existe agora aqui fora. Ela se espalha como um vírus pelo ar viajando em ondas sonoras pelo mundo físico jamais visto por ela sentindo um prazer enorme abrindo seus braços e mergulhando com gosto nessa nova realidade agora ela encontra novos lares novas mentes abertas esperando com camas confortáveis e chícaras de chás convidativas convidando aquela ideia a morar ali a se alojar ali porque ela é muito bem vinda ela é nova e interessante e agora essa ideia está em muitas mentes novas e inexploradas entrando em contato com outras ideias mudando e crescendo e se transformando em muitas novas ideias.
Agora aquela coisa existe. Agora aquela ideia existe. E agora ela já não é mais o que ela era. Aquela ideia crua reprimida ocultada e escondida agora esta na cabeça de todo um grupo de pessoas que falam sobre ela que conversam sobre ela que enfim mudam ela dão nova forma para ela que fazem dela uma ideia maior diferente deturpada algo já aceitável algo que já tem sentido e pode finalmente se encaixar nesse mundo louco que consegue novamente dar sentido para tudo agora essa ideia essa quimera de ideias se encaixa nessa epoca nesse momento especial em que você e seus amigos estão todos juntos felizes e embriagados pelo sono por já ser tarde e por todos estarem cansados. Cansados sim. E felizes.
Seu amigo foi o gatilho. Uma nova ideia surgiu. Filha dele e de todos vocês alí sentados. Filha até daqueles que estão dormindo já, sem que eles sequer saibam disso. Só por eles estarem lá. Mas principalmente aquela ideia aquela coisa que veio da cabeça de seu amigo e que foi tocada pelas ideias de todos vocês porque a cabeça de todos estava aberta e suscetiva a aceitar e dar forma a novas ideias aquela ideia é filha de uma coisa muito importante e que todo mundo vive falando ela é filha de uma ideia maior que já esteve no recôndito da mente de alguém também uma vez há muito tempo essa ideia maior essa ideia mãe que já virou um conceito bem definido mas talvez nem tanto na cabeça de todos nós ou pelo menos da maioria de nós essa ideia mãe é a loucura.
Sim. Essa ideia veio da loucura. Um desvaneio originado da loucura presente na cabeça de todos nós que luta para existir num mundo de repressões que se espreguiça em nossa mente acomodada e que aproveita quando estamos com a guarda baixa para gritar e correr e tomar forma e tomar vida e existir no máximo de lugares ao mesmo tempo e crescer e mudar e respirar ser algo ser algo importante fazer o mundo mudar fazer o mundo crescer evoluir virar de cabeça para baixo andar um microcentímetro em direção a um futuro que seja mas pelo menos estar alí existir porque ela sabe que precisamos dela.
Fique louco um pouco.

domingo, 12 de agosto de 2012

Breve Brisa Sobre Vampiros

Por que será que os vampiros (em filmes, livros, etc) de muito antigamente tem dificuldades em se adaptar aos habitos atuais (computadores, etc)?
Veja bem, alguns deles estão 'vivos' desda idade média, mas se comportam como se estivesse no século XIX. Por que eles conseguiram seguir até o XIX mas não até o XXI? Se é pra mostrar uma dificuldade de mudança eles tinham que continuar agindo nos moldes da Id. Média então... ou será que eles só são lentos?
Vão conseguir usar os computadores e as redes sociais e os tablets de boa eventualmente, só que aí já vamos estar todos no rolê do teletransporte, espaçonaves e armas à laser.


Aos pássaros

Se eu voasse
também cagaria nos carros

domingo, 5 de agosto de 2012

Eles estão tão longe mesmo...

Durmo tarde. Acordo depois do meio dia e tomo 'café da manhã'. Cochilo de tardezinha. Fico acordado a noite e a madrugada toda.
Não me importo nem um pouquinho com o que o sol e a lua estão fazendo lá em cima.

Mulheres bonitas com figurinos minúsculos

"Mulheres bonitas com figurinos minúsculos."
Vi essa frase num texto sobre gêneros na televisão que estava lendo hoje.
Uma fórmula bem conhecida de programas televisivos de chamar a atenção do telespectador. Uma evidencia visual e massiva da objetificação do corpo feminino.
Nao vejo problema no corpo feminino. O problema está mesmo é no homem. Tiremos o homem dessa fórmula e não ha mais a objetificação.
Ah que bom seria, vermos as belas mulheres em seus trajes mínimos na Tv sem o pensamento animal dos homens.
Um lugar sem extremos, onde o corpo feminino fosse visto como arte. Não como um objeto de desejo sexual, nem como um produto/modelo industrializado e midiatizado. Mas sim algo valorizado pela sua forma individual. Sua beleza intrinsica.
Os editores da Playboy ficariam loucos! Os programas de auditório não saberiam o que fazer! O bem vindo caos dos meios de massa.
Que eles tenham trabalho. Quero saber das verdadeiras mulheres bonitas com figurinos minúculos.